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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Hamnet de Maggie O Farrell



Faz tempo que nada escrevo aqui em meu blog, os dias tem sido corridos e complicados, mas fui presenteado por minha amada esposa com um belo livro que gostaria de compartilhar com qualquer um que aqui venha ler estas linhas







Maggie O Farrell escreveu este que foi considerado o melhor livro publicado em 2020, trata-se de um romance, mas não se engane, ele foi categorisado como romance porque a autora preencheu várias lacunas da história de vida de Sheakespeare com conjecturas, mas são todas conjecturas extremamente plausíveis, portante é não apenas um romance, mas uma provável narrativa real, e tais fatos teriam moldado os pensamentos de Whilhiam Shakespeare levando - o escrever a maior obra teatral de todos os tempos.

A despeito de tanta bobagem que é dita sobre a vida de Wilham Sheakespeare, a verdade é que ele era um homem simples que nasveu na pequena Stratfort Upon Avon em 1564, esta era uma cidade manufatureira, e seu pai tinha uma fábrica de artigos de couro principalmente luvas, Jonh Shekespare tinha prosperado e chegou a ser vice prefeito daquele pequeno burgo, mas depois teve problemas financeiro, envolveu-se em contendas judiciais, ficou endividado, e morreu na miséria. Enquanto isso Shekespeare que era um notável estudande te latim passou a fazer um dinheiro extra dando aulas particulares, foi assim que ele começou a namorar Anne, ou Agnes, Hathaway, (tanto faz), que era 10 anos mais velha ele; dizem as más linguas que ela casou grávida.

O pai de Hathaway era um fazendeiro rico, mas ele estava no segundo casamento, tinha muitos filhos com a segunda esposa, e parece que Anne era deixada de lado, isto explica porque mesmo tendo um sogro mais abastado, Sheakespeare viviam com tantas dificuldades financeiras.

Shakespeare e Anne tiveram a primeira filha chamada Suzane, e depois ela deu a luz a gêmeos, sendo uma menina e um menino, a menina se chamava Judith e o menino se chamava Hamnet.

Ao que tudo indica ele era extemamente voltado para os filhos mas a vida foi muito cruel, seu pai falido, sem dinheiro, vivendo com muita dificuldade, Sheakespeare ainda assim lutava para sustentar sua família, e acabou indo pra Londres em busca de oportunidades de trabalho, foi quando ele começou a se envolver na dramaturgia.

O envolvimento de Sheakespeare com a dramaturgia se deve basicamente ao latin, que como dissemos ele dominava muito bem o idioma, e por dominar o idioma ele mergulhou na obra de um famoso poeta romano de nome Ovídio, que escreveu uma coletânea de histórias chamadas "Metamorphoseon", esta foi a gênese de sua obra, mas o trabalho de Sheakespeare em Londres mudou, ganhou consistencia, tornou-se mais denso, reflexivo, exatamente porque ele sobreu terrivelmente com a morte de Hamnet aos 11 anos de idade em 1596.

O que Maggei O Farrell faz neste livro é usar tudo que se sabe sobre os eventos da família Sheakespeare, preencher as lacunas com suas narrativas, e assim nos levar a perceber como a morte de seu filho inspirou Sheakespeare a escrever "Hamlet" que é sem dúvida sua maior obra.

E existe uma curiosidade sobre a semelhança entre o nome Hamnet e Hamlet, porque eles tem uma sonoridade parecida mas tem origens direntes, enquanto Hamnet era um nome comum naquela época, Hamlet foi inspirada na lenda escandinava de Amleth. Todavia Hamlet também era substantivo, palavra que era usada para definir pequena cidadela, e exatamente esta era o origem de Sheakespeare, ainda que Stratfort não seja necessariamente uma cidadela tão pequena, o nome remete a um personagem que vive numa pequena vila. o que talvez remontasse a uma perspectiva de vida mais limitada, até que a dor fez ele ver além

A relexão é inevitável, como nossas tragérias pessoais nos fazem abrir os olhos, é este o convite a leitura desta obra fantástica

  


  


 

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