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quinta-feira, 7 de junho de 2018

Fuja do Gnosticismo Luciferiano de Westworld

Esta será a segunda vez que me manifestarei sobre Westworld, uma das séries televisivas mais fantásticas dos últimos tempos, exibida pela HBO que teve uma primeira temporada em outubro de 2016 e a segunda temporada está sendo exibida agora em junho de 2018. Na postagem anterior não pude deixar de tecer comentários elogiosos sobre a qualidade da produção, e quanto a isto nada mudou, o roteiro é inteligente, as atuações são perfeitas, emocionantes muitas vezes, a direção primorosa, a fotografia inigualável, existe uma beleza plástica na série, o que revela o bom gosto de quem está coordenando a montagem das cenas e dos cenários; realmente dá gosto ver um trabalho tão bem produzido, e fica evidente para quem assiste que a equipe envolvida na produção desta série trabalha com uma paixão perfeccionista que não pode ser ignorada. Isto fica evidente quer se concorde ou não com os pressupostos apresentados.

Mas naquela primeira postagem, ainda refletindo sobre a primeira temporada, o verdadeiro intuito dos roteiristas ainda não estava claro, era evidente que a obra trazia questionamentos gnósticos, mas o dito gnosticismo é um movimento muito plural e multifacetado e ainda naquele momento não era possível perceber a qual tônica gnóstica estaria sendo revelada com o desenrolar da trama, mas agora já nesta segunda temporada, tudo está bastante evidente.

Mas permitam-me discorrer sobre o tema de forma bastante didática, expondo os fatos pensando em quem não conhece a série, não assiste a HBO, e não sabe o que é gnosticismo.

Comecemos pelo "Gnosticismo": Este foi um movimento filosófico e espiritual extremamente popular durante boa parte do período romano, o gnosticismo em determinado momento interagiu com o cristianismo e houve uma explosão de crescimento deste movimento dentro das igrejas cristãs que estavam nascendo.

Este movimento nasceu a partir da filosofia clássica na Grécia Antiga, Sócrates, o pai do pensamento filosófico clássico, havia sido muito impactado pela inscrição que havia na entrada do Oráculo de Delfos, que dizia ser um imperativo que o homem conhece-se a si mesmo; então parte do pensamento socrático foi constituído a partir desta percepção, obviamente Sócrates transmitiu esta visão aos seus alunos, e o principal deles foi Platão, Platão por sua vez desenvolveu a ideia em diferentes aspectos, Platão entendia que a experiência empírica gera uma perspectiva muito ilusória da realidade, e em suas obras eles nos faz questionar a percepção que temos do mundo e de nós mesmos.

A partir destes pressupostos filosóficos muito gregos misturaram estas ideias com suas convicções espirituais, e esta foi a gênese o gnosticismo, contudo como dissemos, o auge do gnosticismo se deu a partir do de seu elo com o cristianismo, tudo ocorreu porque muitos gregos gnósticos quando tiveram contato com os ensinos do Jesus de Nazaré, perceberam em diversos textos bíblicos, as mesmas ideias de Sócrates e Platão, eles se deram conta de que Jesus fazia constantes provocações aos seus discípulos e aos seus adversários, para que os mesmos despertassem e abrissem seus olhos para a verdade sobre o mundo e a verdade sobre si mesmos. Nasceu assim o gnosticismo cristão, que entendia que a missão do Messias seria não apenas salvar a alma humana em seu sentido etéreo, mas a salvação seria mais ampla, entendendo que o ser humano precisava abrir seus olhos para sua singularidade, a essência humana está perdida dentro de nós mesmos pelo fato de que o ser humano não conhece a si mesmo, e portanto este auto conhecimento faz parte do seu processo de salvação. Nos textos dos evangelhos, podemos perceber diversos momentos em que Jesus confronta seus discípulos ou mesmo seus opositores fazendo-os questionar sua própria natureza, e chegou a dizer quando teve um debate com o grupo dos fariseus, que a verdade os libertaria, insinuando que todos eles estavam presos numa espécie de ilusão coletiva, e tais ideias encaixam como uma luva em diversos textos de Platão.

Mas conforme os séculos, o gnosticismo foi passo a passo se distanciando do cristianismo, isto porque surgiram alguns importantes líderes gnósticos que ao confrontar a natureza de sua realidade passaram a questionar o próprio Deus criador, soma-se a isto a perspectiva distópica de alguns gnósticos que deturpavam as ideias de Platão a partir do "mundo das ideias" dizendo que a matéria é essencialmente má, e portanto Deus não pode ser o criador da matéria. Surgiu a figura nefasta do demiurgo que seria uma versão cruel de um deus que enclausurou o homem neste mundo físico e em corpo limitado e mortal; estas ideias foram se subdividindo em inúmeras vertentes gnósticas, algumas extremamente fantasiosas de maneira que este demiurgo ganhava conotações diferentes em cada grupo gnóstico.

Infelizmente com isto o movimento perdeu de vista seu ponto mais importante, que seria exatamente a ideia de que o ser humano precisa confrontar a si mesmo, confrontar a natureza de sua realidade, e confrontar a forma como interpreta o mundo, e a forma como percebe sua singularidade, se é que a percebe; o demiurgo se tornou uma espécie de "bode expiatório" onde o gnóstico ao confrontar a natureza de sua realidade, atribuía suas mazelas a um ser hipotético, o que obviamente lhe tirava a perspectiva da autocrítica tão necessária para que surja o autoconhecimento. O divórcio entre o  gnosticismo e o cristianismo gerou prejuízos para ambos, pois se por um lado o cristianismo perdeu sua vertente elevada que orientava todo cristão a buscar a sabedoria, por outro lado o movimento gnóstico perdeu a maioria absoluta de seus adeptos e praticamente desapareceu da história.

Imagem relacionadaOcorre que no século XX este mesmo gnosticismo ressurgiu, o horror de duas grandes guerras fez com que muitos grandes pensadores surgissem defendendo uma confrontação do homem com sua própria natureza. Curiosamente o avanço da ciência e da tecnologia deu combustível a esta neo-gnosticismo. Um exemplo disso é o filme clássico Metrópolis de 1927 do alemão Fritz Lang, onde já naquela época ele usava a tecnologia para gerar questionamentos sobre a condição humana.


Mas os mesmos dilemas que o gnosticismo viveu nos primeiros séculos também se reapresentaram nesta nova roupagem, e desta vez num tom mais sombrio, isto porque os questionamentos sobre Deus tornaram parte deste neo-gnosticismo uma pregação luciferiana onde o Criador surge como um carcereiro e o anjo caído seria seu libertador. Esta inversão de papeis pode ser percebida em várias destas obras de cunho gnóstico, de maneira que parte daquele movimento que outrora percebia Cristo como aquele que convoca o homem a um despertar de consciência, trocou seu protagonista, e hoje entende que Lúcifer é quem desempenha este papel. Durante o século XX foram produzidas incontáveis obras abordando a temática da confrontação do homem com natureza de sua realidade, e em mutas destas obras podemos perceber diretamente ou sublinarmente Deus sendo questionado ou até mesmo sendo demonizado.

A partir da segunda metade do século XX, a robótica e os avanços das tecnologias de inteligencia artificial, fizeram muitos autores e escritores conjecturarem sobre o que acontecerá quando chegar o dia em que o ser humano for capaz de criar um "ser" robótico capaz de desenvolver consciência, obviamente a hora que este "ser" despertar para sua singularidade será como um de nós, ou na verdade mais desenvolvido que nós.

Foi a partir desta perspectiva que em 1968 foi lançado um dos maiores clássicos desta literatura  que mistura tecnologia com o neo-gnosticismo, o livro "Androides sonham com carneiros elétricos?" escrito por Philip Dick, este livro acabou sendo adaptado para o cinema quando recebeu o título "Blade Runer" contando a história de um oficial da lei que tinha como missão perseguir e matar androides criados através de bio tecnologia que haviam despertado para sua realidade.
Resultado de imagem para westworldWestworld foi uma obra que nasceu exatamente a partir desta perspectiva, tecendo conjecturas gnósticas tendo em vista o surgimento da vida cibernética, originalmente foi um filme produzido para o cinema em 1973 escrito e dirigido por Michael Crichton, que anos mais tarde se consagrou por ter sido o autor de Jurassic Park, o filme original contou com a a atuação do célebre ator Yul Brunner , mas apesar da genialidade da ideia de Michael Crichton, as limitações da tecnologia cinematográfica da época prejudicaram muito a obra, mas ainda assim o filme se tornou um clássico da ficção, e foi o primeiro filme da história do cinema a utilizar imagens digitais; a partir desta obra em 1976 foi feito um outro trabalho que recebeu o nome de "Futureworld" e uma mini série em 1980 chamada Beyond Westwrold, mas foi finalmente em 2016 que a obra ganhou uma versão que fez jus a toda a criatividade imaginativa proposta na trama, graças  um time de grandes nomes do cinema e da televisão, como JJ Abrams e o casal Jonathan Nolan e Lisa Joy. Exibido pelo canal de TV por assinatura HBO, a série conta também com uma constelação de grandes atores, o elenco é um dos melhores já vistos numa série de televisão, e entre estes está Antony Hopkins e o reconhecido ator brasileiro Rodrigo Santoro.

A história de Westworld nos apresenta um parque temático do velho oeste americano, onde os seres humanos podem interagir com androides desenvolvidos a partir de bio-tecnologia, de maneira que estes androides tem carne e sangue como todos nós, mas o centro de sua inteligencia é artificial, eles ao invés de um cérebro, tem uma consciência automata, que pode ser resetada e reinstalada, de maneira que ao interagirem com os visitantes do parque, os androides não sabem que são androides, e podem ser feridos e até mortos, ao que o suporte do parque os recolhe e os repara, resetando suas funções e os colocando novamente em suas narrativas, como se nada tivesse acontecido; contudo já na segunda temporada a narrativa nos apresenta o fato de que o parque com tamanha tecnologia não foi criado apenas para entreterimento, o que na verdade está ocorrendo em Westworld é uma pesquisa para que se possa instalar a consciência humana dentro destes corpos biologicamente construídos dos androides, o que daria ao ser humano a capacidade de superar a morte.

No filme de 1973 teria ocorrido uma pane no sistema o que levou os androides a se rebelar contra os humanos, mas nesta série moderna exibida pela HBO eles inseriram um personagem denominado Robert Ford, que seria um dos criadores do parque, representado por Antony Hopkins, e este personagem insere propositadamente um programa de devaneios onde os androides começam a adquirir consciência. Com o desenrolar da narrativa ainda na segunda temporada, não ficou clara a intensão deste Robert Ford do porque ele busca criar consciência em seus androides, mas tudo leva a crer que ele se rebelou contra uma aposentadoria forçada que os acionistas do parque estavam lhe impondo.

A história proposta nesta recente versão televisiva que está sendo exibida pela HBO, nos apresenta então que este parque havia sido criado por dois engenheiros, um chamado Arnold e outro Robert Ford, mas Arnold acreditava que se os androides fossem capazes de adquirir consciência eles não poderiam abrir o parque, porque seria o mesmo que expor seres vivos a condição de escravidão, então para averiguar se os androides conseguiriam adquirir consciência de sua singularidade, Arnold propôs um jogo, um labirinto, onde os androides teriam que escalar e subir até o nível da consciência, mas não deu certo, os androides não alcançaram a consciência, contudo depois Arnold tentou um outro labirinto, onde fez um jogo mental com uma androide chamada Dolores, e neste jogo ele a induziu a viajar para dentro de suas memórias. Dolores então desvenda o labirinto e adquire consciência de sua singularidade, e Arnold tenta evitar que o parque seja inaugurado, mas já era tarde porque seu amigo e sócio já havia conseguido que investidores patrocinassem a empreitada, Arnold então comete suicídio e Ford passa a tocar o projeto sozinho até que Ford constrói um androide com a aparência de seu amigo que cometera suicídio, e dando a ele parte das memórias de seu amigo morto, mas Ford chama este androide de Bernard, e Bernard por sua vez não sabe que é um androide, acha que é humano, e para evitar que Bernard descubra sua condição Ford periodicamente apaga as memórias dele.

Esta narrativa presente ainda na primeira temporada, resgata o aspecto mais belo do gnosticismo, fazendo o espectador refletir sobre a natureza de sua realidade, mas existe um grande erro nesta história que é perceber que a consciência surge apenas no resgate das memórias, e o próprio Ford apagando as memórias do androide, para ele não atingir a singularidade, já se revela um demiurgo. Mas esta perspectiva de que a consciência depende das memórias é um grande equívoco, a consciência depende sim das memórias mas principalmente da autocrítica. Vejamos por exemplo que como dissemos o gnosticismo nasceu dos pressupostos da filosofia clássica, e quando Sócrates afirmou que "nada sabia"  ele na verdade estava fazendo uma autocrítica mediante a busca pelo autoconhecimento, então enquanto buscava conhecer-se, Sócrates percebeu que apensar de ser considerado um grande sábio, muitas coisas ele ainda desconhecia, o que acabou sendo um grande contrassenso, porque enquanto a maioria dos pensadores atenienses se autoafirmavam grandes pensadores, o maior de todos eles era aquele que dizia nada saber.

O gnosticismo luciferiano de Westworld usa o demiurgo como vilão para nossa condição, o que tira de nós qualquer necessidade de autocrítica. Numa das falas no nono episódio da primeira temporada, existe uma androide chamada Meave que já havia atingido a consciência, e quando ela percebeu que Bernard era um androide que não sabia que era androide, Meave diz o seguinte: "Como é irônico este nosso carcereiro". Nada mais luciferiano do que perceber o seu criador como um carcereiro irônico.

É uma grande incoerência, como poderia ser Deus um demiurgo tendo mandado a Jesus exatamente para nos despertar a consciência?



Imagem relacionadaMas não quero basear meu argumento em minha fé, como disse, basta percebermos a ausência da autocrítica para desmontarmos os argumentos deste tipo de gnosticismo. Vejamos por exemplo Willam Shakespeare em Hamlet, esta é sem dúvida uma peça que nos fala sobre o despertar da consciência, afinal Hamlet era um príncipe que vivia de forma descompromissada com a realidade, mas assombrado pelo fantasma do pai, foi forçado a reconhecer que se reino de faz de contas era uma mentira, Shakespeare trabalha a ideia com maestria primeiro quando Hamlet diz: "há algo de podre no reino da Dinamarca" numa referência ao fato de que ele finalmente conseguia ver a realidade ao seu redor, e depois Hamlet diz: "como fui tolo" numa postura de autocrítica, para finalmente poder "ser ou não ser". Outro exemplo foi o filme Vanila Sky, estrelado por Tom Cruise, Cameron Dias e Penelope Cruz, este nos apresenta um jovem rico que vivia dissolutamente, deformado por um acidade, passa a questionar sua realidade e seus valores, e no final Sofia, interpretada por Penelope Cruz o convida a "abrir os olhos" uma das frases prediletas do gnosticismo, mas percebamos que e ainda que tenha sido um filme extremamente gnóstico, onde atuaram várias estrelas, numa espécie de gnosticismo POP, Vanila Sky não tem nenhuma referência evidente a figura do demiurgo, o personagem atinge o autoconhecimento questionando sua própria atitude, isto fica evidente no diálogo final quando Tom Cruise representando David, diz para Penelope Cruz representando Sofia (por sinal Sofia é a sabedoria que os gnósticos buscam), que ele a perdeu quando entrou naquele carro, porque ele havia entrado no carro que lhe vitimou ao aceitar carona da personagem fútil representada por Cameron dias, é uma alegoria muito clara, uma autocrítica, onde o personagem reconhece que perdeu a oportunidade de experimentar a sabedoria porque deu vazão a sua futilidade.

Westworld infelizmente passa longe desta autocrítica, e é muito fácil acreditar que se está vendo a vida de forma mais profunda, dizendo pra si mesmo que vive a verdade sobre o mundo, apenas por estar afirmando que o carcereiro é irônico, sem se dar conta que parte da prisão, nós construímos para nós mesmo.

Por fim, permitam-me dar vazão a minha mente conspiracionista, porque no grande elenco de Westworld temos Antony Hopkins que já interpretou o serial Killer em vários filmes do personagem Hannibal Lecter, que muitos dizem ser uma metáfora de Lúcifer; também temos o grande ator Ed Harris que interpretou Christof, no filme o "Show de Thumam", sendo este outro filme gnóstico onde este Christof (uma referência clara a Cristo) era o demiurgo de Thumam; além destes, temos em Westmorld a belíssima atris Evan Rachel Wood que já foi par romântico com o aprendiz de satanás Marilyn Manson antes de se casar com o ator britânico Jamie Bell. Como disse, as vezes minha mente conspiracionista vê relação entre estes fatos e a falácia luciferiana do demiurgo presente em Westworld, contudo convém ressaltar que a série ainda tem programada várias outras temporadas e quem sabe minha avaliação possa estar completamente equivocada.

Mas independente de estar ou não equivocado sobre a série em questão, fica a dica, abrir os olhos para uma perspectiva mais elevada de existência é algo fantástico, mas fuja deste gnosticismo luciferiano, é uma falácia, um sofisma cheios de meias verdades, que te apresenta um falso despertar de consciência.



9 comentários:

  1. Westworld é uma muito boa série. Eu definitivamente vou ver a serie novamente porque algumas temporadas me marcaram. Eu gosto muito das series e meu género favorito são as series de ação. Pessoalmente sou fã da serie Sr Avila com Tony Dalton, por que eu gosto do suspense de esperar um novo episódio. Estou super emocionado com esta nova temporada, principalmente por saber como segue a história e o desenvolvimento dos personagens ao longo das semanas. Acho que esta temporada promete muito e espero que o final cumpra as minhas expectativas. Eu recomendo. Para uma tarde de lazer é uma boa opção.

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  2. Ah mano, de qualquer forma o criador do universo é um sádico psicopata completamente demente e confuso apesar de ser extremamente inteligente. Enfim, muito bom texto, obrigado.

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  3. Mas de qualquer forma o criador é um sádico completamente demente e perverso, além de ser perturbado psicologicamente(e por isso ser confuso) ele tem um ego hiper inflado. Mas enfim, excelente texto. Obrigado.

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  4. Eu não acredito num deus de ''infinita bondade'' que tenha criado este planeta, o ETERNO não pode ser o demiurgo e pau no rabo desse seu textão.

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    1. Cara o texto não é sobre fé, é sobre o fato de que muita gente que se diz incrédulo, pensa que auto despertar é falar mal de deus, mas auto despertar é auto avaliação, e auto crítica, perdão se isso te incomodou

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  5. Sempre percebi lucifer como nosso libertador, desde a minha mais tenra idade.

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  6. Marcus, faltou dizer que o demiurgo é um deus imperfeito que gerou este nosso mundo. Um exemplo seria o deus do velho testamento, que é bem diferente do Deus pai de Cristo. Este demiurgo seria uma "manifestação" imperfeita do Deus verdadeiro, a Fonte geradora de tudo.

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